Banalidade



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"Banalidade" é o primeiro espetáculo do Coletivo Território B, e estreou em 2012, como resultado do projeto "Territórios" contemplado pelo edital "Proac- Pesquisa em Artes Cênicas".

Sinopse:

“Banalidade” narra duas histórias. A primeira é o fato verídico acontecido em 2012 em São José dos Campos conhecido como o Massacre do Pinheirinho, onde seis mil pessoas foram expulsas de casa pela polícia, numa ação violenta, para favorecer interesses políticos e de especulação imobiliária. Em outro plano, é narrada a história da Mamãe Grande, personagem alegórica de um conto de Gabriel García Marquez, que representa a própria noção de propriedade. A partir da oposição entre essas duas histórias, uma real, outra alegórica, uma sobre o lado do povo, outra sobre o lado dos poderes que manipulam a vida desse povo, a peça cria uma leitura ampla sobre estruturas sociais que determinam a vida de todos.

Territórios banais:

Tomamos o termo território banal da obra do geógrafo Milton Santos, que discute profundamente noções de territórios, revelando as estruturas que determinam o funcionamento de territórios banais e territórios normatizados.O território banal é aquele anterior à norma, ele é livre e pleno de possibilidades. Assim, ao falar em banalidade, estamos discutindo principalmente o direito ao uso do espaço, seja ele qual for. O direito ao uso banal, livre da normatização imposta por um sistema que não leva em conta a necessidade humana em relação a este espaço.
“Banalidade” é uma peça sobre territórios, ou melhor, sobre disputa de territórios. O próprio território de cena vira tema da peça, na medida em que sua ocupação – e desocupação constante– influenciam diretamente na construção do seu discurso. A peça migra de um espaço para outro constantemente, criando uma relação entre o assunto da peça e o próprio espaço.











Dramaturgia e encenação:

A peça tem estrutura episódica, com cenas que se relacionam mais entre si pelo conteúdo do que pela sequência narrativa propriamente dita. Cada cena tem a sua própria estrutura interna, suas relações dialéticas que representam de certa forma o todo da peça, e a relação entre todas as cenas cria um panorama maior sobre as questões abordadas.
No eixo Pinheirinho, há uma certa sequência narrativa, que apresenta cronologicamente os fatos ocorridos. Mas em cada momento essa narrativa aparece de uma forma diferente, ora narrada, ora em cenas com personagens que são moradores ou policiais se preparando para a invasão, e as cenas são independentes.
Já no eixo Mamãe Grande, as cenas são alegóricas e não apresentam qualquer narrativa. Em cada cena aparecem facetas dos significados e das implicações sociais da existência dessa figura, até que chega-se, no epílogo da peça, no momento de sua morte. Estas cenas são momentos lúdicos e cômicos, que com ironia e sarcasmo dão um tom bem-humorado à peça.

"Banalidade" é uma peça que abre a discussão, que não quer dar respostas prontas. Mas é uma peça que risca o chão e escolhe um lado, e que prentende não apenas questionar, mas acusar sistemas que são dados como imutáveis e naturais, mas que podem, devem, e um dia invevitavelmente vão morrer.

Currículo da peça

- Projeto Peri - Jardim Camargo Velho - São Paulo - 2015
- VII Festac - Festival de Teatro do Acre - Rio Branco - 2015
- Cursinho Raiz - 2015 
- Diversas apresentações em praças do centro de São Paulo pelo projeto "Não Consta no Mapa" - novembro de 2014
- Buenos Aires - Bairro La Boca - outubro de 2014
- Ocupação Copa do Povo - agosto de 2014
- Ocupação Portal do Povo - julho de 2014
- Ocupação Nova Palestina - junho de 2014
- Escola Pereira Barreto - abril de 2014
- Largo do Anhangabau - março de 2014 
- Sesc Santos e Associação dos Cortiços do Centro de Santos – Fevereiro de 2014 – dentro do projeto “Cidade Entretantos”. 
Praça da República – temporadas em fevereiro de 2014 e dezembro de 2014
- Festival de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo – Praça do Patriarca - dezembro de 2013
- II Festival de Teatro Mutirão do Coletivo Dolores- CDC Vento Leste – novembro de 2013
- Ocupação Jardim da União – Rede Extremo Sul – novembro de 2013
- Instalação da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Jabaquara – outubro de 2013
Largo São Bento – temporada – maio e junho de 2013
- Festival Flaskô: 10 anos de Fábrica ocupada – Sumaré/SP – junho de 2013
- Festival Baixo Centro -Largo Santa Cecília – abril de 2013
- Mostra Fringe do Festival de Teatro de Curitiba – abril de 2013

Primeira versão:
  • Ocupação São João e ocupação Ipiranga – setembro de 2012
  • Bixiga – Largo Maria José – temporada agosto e setembro de 2012

Ficha Técnica

Texto: Coletivo Território B

Direção: Rafaela Carneiro e Márcio Rodrigues

Elenco: Bruna Amado, Danilo Minharro, Luciano Carvalho e Magê Blanques

Direção Musical: Luciano Carvalho

Músicas: Coletivo Território B

Figurinos: Magê Blanques – Colaboração: Rafaela Carneiro

Cenografia: Caio Marinho e Coletivo Território B

Apoio: Brava Companhia / Sacolão das Artes

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